Ideia é levar conhecimento sobre o Holocausto e a história de Anne Frank para diferentes públicos na região
Foto Reprodução
Marcelo Zemke
Esta segunda-feira, dia 27, marca os 80 anos de libertaçãodo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde mais de 1 milhão de judeus e outras minorias foram mortos durante a II Guerra Mundial. neste contexto, o diário de Anne Frank tornou-se um dos testemunhos mais emblemáticos do Holocausto. Escrito entre 1942 e 1944, durante o período em que Anne e sua família viveram escondidos em um anexo secreto em Amsterdã, o relato revela os medos, esperanças e reflexões de uma jovem judia diante da perseguição nazista. Capturados em 1944, Anne e sua família foram enviados para campos de concentração, onde a adolescente morreu de tifo aos 15 anos. Seu diário, resgatado por amigos, permanece como um símbolo de resistência e da luta por liberdade.
Inspirado por essa história tão marcante, o Projeto “Anexo Secreto” surge com o objetivo de educar e conscientizar o público sobre os horrores do Holocausto e a importância de valores como direitos humanos, liberdade de expressão e tolerância. O projeto tem como objetivo promover conhecimento sobre direitos fundamentais, como liberdade de expressão e de ir e vir, que muitas vezes ainda são violados. “Essa iniciativa reitera a importância de lembrar que direitos como o de opinião, de se expressar e de ir e vir não podem ser suprimidos. O Anexo Secreto representa um lembrete da necessidade de proteger esses direitos”, afirmou.
Douglas Correa, diretor do projeto, busca levar conhecimento sobre o Holocausto e a história de Anne Frank para diferentes públicos na região. Douglas destacou a importância de abordar direitos fundamentais como liberdade de expressão, opinião, e o direito de ir e vir, frequentemente suprimidos em contextos históricos e, em alguns casos, ainda ameaçados na atualidade. “E de início, a gente já entrou em contato com algumas organizações. A gente vai levar em toda nossa região, aqui no Vale Norte, aqui no norte do estado. A gente vai deixar exposto e ministrar as palestras, tanto no Lar do Idoso também, como em orfanato e escolas de rede municipal também. Agora a gente vai entrar nas tratativas já em janeiro”, conta.
O projeto prevê a realização de palestras gratuitas, acompanhadas de uma exposição itinerante que ficará disponível ao público antes e depois dos eventos. Instituições como escolas, lares de idosos e orfanatos na região do Vale Norte estão entre os primeiros locais a receber as atividades, que devem começar no início de 2025. “Queremos atingir o maior número de pessoas possível, levando conhecimento de forma gratuita. Cada integrante do projeto se especializou em um dos personagens que viveram no anexo. Assim, falaremos com propriedade sobre cada uma dessas histórias”, explicou Douglas.
O grupo, composto por oito acadêmicos, recebeu materiais inéditos diretamente de Amsterdã. “Sabrina Neto Pereira, Claudinei Marques da Silva, Sabrina Zeferino, Camila Ferreira de Souza, Maria Vitória Oliveira da Silva, Mônica Ribeiro e Ketlen Scarleth Fuck, fazem parte do grupo. Esses itens são exclusivos na nossa região e vão enriquecer ainda mais a experiência”, destacou o diretor.
Para crianças a partir de cinco anos, o tema será abordado de forma lúdica, com recursos visuais e desenhos. Já as palestras mais detalhadas são destinadas a adolescentes e adultos, a partir de 15 anos. Segundo Douglas, “é uma forma de manter viva a memória dos fatos, mas com sensibilidade para evitar traumas”.
Contato e acesso
As instituições interessadas em saber mais e levar o projeto para suas comunidades podem entrar em contato pelo WhatsApp (47) 9 8917-9538.