Não assinaram Ana Paula Lima (PT), Carlos Chiodini (MDB), Valdir Cobalchini (MDB), Fabio Schiochet (União Brasil), Jorge Goetten (PL) e Pedro Uczai (PT)
Divulgação
O maior pedido de impeachment contra um presidente na história do Brasil foi articulado pela oposição ao Governo Lula após as declarações contra Israel. Em Santa Catarina, a primeira a assinar foi a Deputada Federal Júlia Zanatta (PL). Além dela, também assinaram os parlamentares Carol de Toni (PL), Daniel Freitas (PL), Zé Trovão (PL), Daniela Reinehr (PL), Gilson Marques (Novo) e Rafael Pezenti (MDB). Os deputados Ismael dos Santos (PSD) e Darci de Matos (PSD também assinaram o pedido.
Não assinaram e não se pronunciaram os seguintes deputados catarinenses: Ana Paula Lima (PT), Carlos Chiodini (MDB), Valdir Cobalchini (MDB), Fabio Schiochet (União Brasil), Jorge Goetten (PL) e Pedro Uczai (PT). O pedido de impeachment havia sido assinado por 139 deputados.
Trata-se do pedido de impeachment com a maior adesão parlamentar até hoje. Até então, o recorde era do processo contra Dilma Rousseff, em 2016. Naquele ano, a denúncia contra a petista contou com 124 assinaturas.
No pedido de impeachment, os parlamentares alegam que as declarações do presidente associando a guerra em Israel ao Holocausto configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal.
No entretanto, apesar do intenso movimento da oposição, aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apontam que são quase nulas as chances de ele dar seguimento ao pedido de impeachment do petista.
Polêmica
O presidente Lula classificou como “genocídio” e “chacina” a ação de Israel na Faixa de Gaza em resposta aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas. Ele comparou a ação israelense ao extermínio sistemático de 6 milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler durante a segunda guerra mundial. Lula falou em entrevista durante a 37ª Cúpula da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse, no domingo. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que a fala é “vergonhosa” e que Lula “cruzou uma linha vermelha”.
Depois das declarações, o governo israelense declarou Lula como persona non grata, ou seja, o presidente brasileiro não é mais bem-vindo em Israel. Em resposta, o governo brasileiro mandou seu embaixador em Israel voltar para o Brasil.
O ataque do grupo Hamas em outubro de 2023 deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria de civis. Outras 250 pessoas foram sequestradas e algumas permanecem reféns.
A ofensiva militar israelense em Gaza em resposta aos ataques terroristas deixou pelo menos 29 mil mortos, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas. O Hamas é acusado de usar civis como escudo e montar bases em hospitais, condomínios residenciais e escolas.