Já são 73 focos do mosquito no município em 2023
Marcelo Zemke
As chuvas e as altas temperaturas desta época do ano fazem acender o aleta para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, Zika e chikungunya. Em Ibirama, a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, intensifica o monitoramento das armadilhas espalhadas por diversos pontos do município. Somente em 2023 foram encontrados três focos do mosquito, todos na área central do município.
O diretor de Vigilância Sanitária, Rafael Reinicke destaca que somente neste ano, são 73 focos do mosquito no município. “Isso significa que 73 amostras deram positivas. Infelizmente o número tem crescido semana após semana. Há uma quantidade muito grande de focos no bairro Ribeirão Areado, nas imediações do posto de saúde, na rua Castelo Branco e adjacentes”.
Conforme Reinicke, a população do Ribeirão Areado deve ficar alerta para evitar que situação saia do controle. “Isso significa que o mosquito não está em uma localização pontual. Ele está se espalhando. Se as pessoas destas localidades não tomarem os devidos cuidados, como evitar materiais que acumulem água, este número vai continuar aumentando e vamos perder o controle”, alertou.
No ano passado, segundo dados da Vigilância em Saúde de Ibirama, foram registrados 37 focos. Atualmente Ibirama possui 98 armadilhas instaladas em 31 pontos estratégicos da cidade, os quais são monitorados constantemente, com objetivo de descobrir focos do mosquito, destruir e evitar a formação de criadouros e impedir a reprodução dos mosquitos.
Entre as principais orientações, evitar o acúmulo de água parada em vasos de flores, garrafas, pneus, entre outros objetos. “Se houver suspeita de terrenos com água parada, é só ligar para a prefeitura ou para vigilância sanitária”.
Saúde orienta sobre os cuidados com a dengue
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) alerta a população sobre os vasos e floreiras levados aos cemitérios por conta do Dia de Finados, celebrado no dia 02, que podem servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, Zika e chikungunya.
“A orientação é que a população evite levar flores em recipientes que possam acumular água ou deixem plásticos envoltos em vasos, pois a embalagem também pode reter água em caso de chuva. Os vasos devem estar devidamente perfurados e preenchidos com areia ou pedra até a borda”, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.
Somente neste ano, já foram registrados 60.040 focos do mosquito em 236 municípios catarinenses, sendo que 153 são considerados infestados pelo Aedes aegypti. “O grande volume de chuvas que ocorreram no estado nas últimas semanas, associado a um aumento de depósitos, podem contribuir para o aumento de focos do mosquito no estado. Assim, é importante que cada uma faça sua parte, incluindo neste momento de Finados, para evitar um aumento no número de casos de dengue”, alerta o diretor.
Com relação às arboviroses, foram confirmados 117.294 casos de dengue, com 97 óbitos registrados pela doença. Com relação à chikungunya, o estado já registra 47 casos, sendo 16 autóctones (com transmissão dentro de SC).