
Saulo Eduardo Fonseca (Podemos) destacou Operação Mensageiro e prisão de agentes públicos
Marcelo Zemke/JVN
Durante o uso da tribuna cultural da Câmara de Vereadores de Ibirama, na sessão ordinária de terça-feira, 2, o vereador Saulo Eduardo Fonseca (Podemos) defendeu a exoneração do secretário de Administração, Fábio Fusinato e o impeachment de Adriano Poffo.
O vereador fez um resumo das quatro fases da Operação Mensageiro em SC, citando o pagamento de R$ 100mihões em propinas para agentes públicos em todo o Estado. “Somente em propina, o valor de 100 milhões, seria possível a construção de aproximadamente 10 escolas ou hospitais. Então há o recurso, o problema que há o desvio. Não aceito que a luta da classe da enfermagem e educação implorem pelo pagamento do seu piso onde há a resistência por parte da classe política. Recurso há, mas o desvio faz sangrar a educação, saúde e segurança pública. Não serei omisso”, disse para o JVN.
Ele disse que a atual administração emitiu notas à imprensa tentando ‘suavizar’ a gravidade de caso. Ele disse que por trabalhar no sistema prisional, tem o conhecimento de que só fica sob custódia quem está preso. “Na sessão (2) pedi a exoneração do secretário Fábio Fusinato- preso na operação Mensageiro. Alego que não faz sentido mantê-lo remunerado na prisão e que pode o líder do poder Executivo tirá-lo do cargo. Quanto ao prefeito Adriano defendo que peça renúncia e que verei todos os meios legais para que ocorra o processo de impeachment sobre essa operação que é o maior esquema de corrupção do estado de Santa Catarina que resultou na prisão dele e do secretário”, informou.
Saulo lembrou que os detidos só podem ser considerados culpados com o trânsito em julgado. “Aliás, quase 50% dos presos no Brasil são presos temporários. Muitas pessoas perguntam como estão os presos, eles estão com roupas laranjas”, completou.
A Operação Mensageiro apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. A Operação Mensageiro, deflagrada no fim de 2022 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), colocou sob a mira um suposto esquema de corrupção na licitação de lixo em várias cidades do Estado.
As informações correm em segredo de justiça, por determinação legal, sendo divulgada apenas a publicidade dos autos.
Adriano Poffo passou por uma audiência de custódia na sexta-feira, 5, e permanece à disposição da justiça em Lages, junto com o secretário de Administração.