Tradição Alemã é celebrada em Ibirama com instalação do Maibaum pelo Grupo Folclórico Neu Bremen Volkstanzgruppe

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Maibaum, símbolo de fertilidade, prosperidade e união, foi erguido de forma cerimonial

A tradição germânica ganhou destaque mais uma vez em Ibirama, com a instalação do tradicional Maibaum (Árvore de Maio) pelo Grupo Folclórico Neu Bremen Volkstanzgruppe de Ibirama, em cerimônia realizada no alto do Hansahoehe, um dos pontos mais lindos da cultura local. O ato marca os 40 anos do grupo.

O evento reuniu membros do grupo, familiares, moradores e autoridades em uma celebração marcada pela música, dança e forte espírito comunitário. O Maibaum, símbolo de fertilidade, prosperidade e união, foi erguido de forma cerimonial, decorado com placas que simbolizam as atividades culturais desenvolvidas no município.

Com trajes típicos, o Grupo Neu Bremen Volkstanzgruppe apresentou danças folclóricas e canções tradicionais, envolvendo o público em uma atmosfera que misturava nostalgia e celebração.

Em português, “Maibaum” traduz-se como “árvore de maio” ou “mastro de maio”. A tradição alemã de erguer um Maibaum, que é uma árvore ornamentada, simboliza a chegada da primavera, o fim do inverno e a renovação da vida.

Museu Hoerhan celebra a 23ª Semana Nacional dos Museus com exposição especial sobre os 40 anos do Grupo Neu Bremen

Entre os dias 12 e 17 de maio, o Museu Eduardo de Lima e Silva Hoerhan convida a comunidade de Ibirama e visitantes para uma verdadeira viagem no tempo durante a 23ª Semana Nacional dos Museus. O evento acontece das 8h às 12h e das 13h às 17h, com entrada gratuita.

Com um acervo que resgata a história da antiga Colônia Hansa-Hamonia — berço da cidade de Ibirama — o museu se transforma em um espaço vivo de memória e identidade. Em cada sala, os visitantes podem conhecer detalhes da colonização, das tradições e da formação cultural do município.

A grande atração desta edição é a exposição especial “Neu Bremen 40 anos: A Dança do Tempo e da Identidade”, que homenageia o legado cultural do Grupo Folclórico Neu Bremen. A mostra destaca a importância da dança como expressão de tradição, conectando gerações e fortalecendo os laços com as origens germânicas da região.

O Museu Eduardo de Lima e Silva Hoerhan está localizado na Rua 03 de Maio, 365, em Ibirama. A entrada é gratuita e o convite se estende a toda a família e amigos. Os visitantes também são incentivados a registrar sua passagem pelo local e compartilhar nas redes sociais.

A iniciativa integra a programação nacional coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), que nesta 23ª edição tem como tema “Museus, Educação e Pesquisa”, promovendo ações culturais em todo o país.

História do grupo

Ao longo de sua existência, o Neu Bremen já recebeu a visita de grupos culturais da Alemanha, além de inúmeros visitantes de outras cidades, até mesmo de outras etnias, como um ucraniano, da cidade de Mallet (PR). Também teve a participação em eventos como Oktoberfest, de Blumenau, Encontros Culturais em Joinville, Curitiba e Rio Grande do Sul, elevando o nome de Ibirama e de sua gente.

A história o grupo iniciou em 1985, quando a professora Ruth Fritsche assumiu a direção da EEB Valmor Ribeiro, no Distrito de Dalbérgia. Alheia aos problemas e aspirações daquela comunidade, ao mesmo tempo em que passou a residir em Dalbérgia com seus quatro filhos na idade entre 5 e 12 anos, assumiu não só a liderança imposta pelo cargo que ocupava, como também a responsabilidade de buscar e proporcionar um lazer saudável para as crianças e jovens.

 A comunidade, quase nada oferecia em termos de ocupação. Os reclames e os anseios de muitos pais passaram a servir de diagnóstico para a diretora. Em 5 de agosto do mesmo ano, Ruth iniciou atividades de Danças Folclóricas sem grandes fundamentações e conhecimentos. Hans Gäthieher, professor oriundo da Baviera (Alemanha), ao visitá-la, ouvindo e vendo os anseios de todos a partir dos filhos de Ruth, ensaiou 7 divididos em 4 faixas atarias.

A então diretoria e já coordenadora do grupo de danças ouvindo e pesquisando o histórico de Dalbérgia, passou a denominá-lo “Neu Bremen Volkstanzgruppe’.  Sem conhecimentos para confeccionar um traje típico, a ideia veio ao folhar uma revista “ Burda”, onde Ruth encontrou um traje, porém faltava parte da página e por consequência, parte do traje.

Imaginando a parte que faltava e à sombra do existente passou a construir o traje dos jovens. Ela inspirou-se neste Bückeburg e pelo seu histórico, cuja região, também vieram os imigrantes de Ibirama.

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