Marcos Elias Jacobsen fala sobre os momentos difíceis e a superação após uma das internações mais longas pela doença no país.
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O Flamengo foi campeão brasileiro. A campanha de vacinação contra a Covid-19 começou. Joe Biden venceu as eleições nos Estados Unidos. Diego Maradona morreu. Joinville elegeu um novo prefeito. Lázaro Barbosa empreendeu uma fuga histórica.
Tudo isso aconteceu enquanto Marcos Elias Jacobsen esteve internado em um hospital de Joinville, no Norte de Santa Catarina. Foram 290 dias, mais de nove meses, desde o momento em que ele descobriu a Covid-19 até a tão esperada alta hospitalar, na última quinta-feira (8).
Entrada no hospital sem imaginar o que viria pela frente
Quando foi internado, em 22 de setembro de 2020, Marcos não imaginava o que estava por vir. “Deu uma gripe, uma tosse, espirrei e tive sangramento no nariz. Fiquei assustado, fui ao médico, mediram minha saturação e me internaram”, relembra.
No terceiro dia de internação, acabou sendo intubado. Depois disso, foram 58 dias na UTI e um “apagão” sobre a maior parte dos quatro meses que passou no hospital. “Eu passei o Natal e o Ano-Novo no hospital e não me lembro de nada. Minha esposa fez aniversário e não lembro se a gente fez alguma coisa”, lamenta.
A estada prolongada na UTI foi motivada por complicações decorrentes da doença. Houve comprometimento do pulmão, problemas nos rins, trombose e úlceras graves na região do abdômen e das costas. “Nessa parte, digo que quem passou a parte mais difícil foram eles aqui fora, que só souberam notícias ruins”, fala Marcos.

A esposa dele, Silvia Maria Jacobsen, relembra os momentos mais difíceis da internação: “a gente foi se acostumando à dor, eram tempos duvidosos. Ele ficou em estado muito grave, quando chegava às 16h30 eu ficava desesperada pela ligação do hospital”, conta.