Operações apuram crimes de corrupção na administração pública
Foto: FOTO: ASCOM PMSC
Em pouco mais de um ano e dois meses Santa Catarina soma 18 prefeitos presos em operações do Ministério Público que apuram crimes de corrupção na administração pública. As Operações Mensageiro e Limpeza Urbana investigaram Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte, Douglas Elias Costa (PL), de Barra Velha, Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva, Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul, Antônio Ceron (PSD), de Lages, Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo, Marlon Neuber (PL), de Itapoá, Joares Ponticelli (PP), de Tubarão, Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá, Deyvisonn de Souza (MDB), de Pescaria Brava, Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba, Adriano Poffo (MDB), Ibirama, Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira, Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí, Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras, Luiz Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo e Felipe Voigt (MDB), de Schroeder.
Ari Bagúio (PL), foi detido na sexta-feira (26), em Florianópolis. Além dele, dois filhos e um secretário municipal estão sob investigação. A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), concentra-se em um suposto esquema de corrupção relacionado à contratação de serviços de limpeza urbana na cidade.
Na quarta-feira (24), Douglas Elias Costa (PL), chefe do Executivo de Barra Velha, também foi detido em outra operação do Gaeco que investiga corrupção e fraudes em licitações.
Os 16 anteriores foram detidos como parte da operação Mensageiro, que investigou um esquema envolvendo corrupção em contratos de limpeza urbana em cidades de várias regiões do estado.
Mais de um ano depois da primeira fase, 16 prefeitos ou ex-prefeitos catarinenses haviam sido presos preventivamente em quatro fases deflagradas pela investigação. As prisões ocorreram entre dezembro de 2022 e abril de 2023. desta etapa, três prefeitos permaneciam detidos, e 13 estão em liberdade mediante medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica em alguns casos e proibição de contato com testemunhas e réus.
Esquema na Limpeza Urbana
A operação Limpeza Urbana é um desdobramento da operação Mensageiro e investiga crimes de associação criminosa, corrupção passiva e concussão, alegadamente praticados por agentes políticos e particulares. O modus operandi do suposto esquema consistia em direcionar interessados em prestar serviço de limpeza urbana na cidade para contratar escritórios de contabilidade previamente determinados. Uma contrapartida ilícita de 10% dos valores recebidos do município era imposta, representando vantagem indevida mensal. Esse método visava assegurar que parte do dinheiro destinado à limpeza urbana retornasse aos próprios agentes públicos investigados, gerando um enriquecimento ilícito estimado em cerca de R$ 100 mil.
Conforme notícia divulgada pelo “Uol”, um dos alvos foi o grupo empresarial Serrana Engenharia, hoje chamada Versa, e o empresário Odair Manrrich. Ele confessou pagar propinas a vários prefeitos do estado em troca de serviços de limpeza urbana. Só nesta ação, o Ministério Publico convenceu o Tribunal de Justiça a colocar 16 prefeitos na prisão, embora alguns já estejam soltos.
Defesa da empresa diz que colabora com a apuração dos fatos. “O Grupo Serrana vem cumprindo fielmente o seu acordo de colaboração firmado com o Ministério Público, auxiliando a Justiça no pleno esclarecimento dos fatos relacionados à Operação Mensageiro, informou Leonardo Pereima, advogado do Grupo Serrana.
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