Contribuição para a manutenção da Iluminação Pública é cobrada de todos os cidadãos na conta de energia através da COSIP
O Gerente Regional da Celesc, Manoel Arisoli Pereira, esteve presente na Tribuna Cultural de Ibirama na sessão de 24 de abril, para prestar esclarecimentos sobre a iluminação pública, COSIP e a qualidade da energia fornecida no município. O convite para a apresentação foi do vereador Valdemar Schaefer (MDB).
Ao abordar sobre questionamentos de vereadores em função da grande quantidade de lâmpadas queimadas e ruas com iluminação pública deficiente, Manoel explicou que há um equívoco quando as pessoas acreditam que a iluminação pública é tarefa da distribuidora e procuram a Celesc quando há algum problema nesse serviço. “Na realidade, a responsabilidade pela manutenção e ampliação do sistema de Iluminação Pública nos municípios é das prefeituras, através da administração da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública – COSIP. O que vemos, na maioria, são serviços prestados de forma precária e, muitas vezes, com materiais de qualidade ruim”, opinou.
A contribuição para a manutenção da Iluminação Pública é cobrada de todos os cidadãos na conta de energia através da COSIP, que é um tributo municipal estabelecido através da lei, quem estabelece as formas de cobrança, alíquotas e bases de cálculo.
“No caso de Ibirama, com mais de três mil postes com iluminação, o que vemos é uma prestação de serviço deficiente e com uso de materiais de qualidade duvidosa, o que faz com que o (re) trabalho seja imenso e com grande volume de reposição de lâmpadas. É necessário que as prefeituras, num geral, acompanhem melhor a prestação deste serviço (que é terceirizado) no tocante à manutenção e substituição de lâmpadas”, destacou.
Desafios da Celesc no município
Manoel explicou que a distribuição de energia elétrica não deve ser confundida com iluminação pública. Logo, na maioria dos municípios catarinenses, a distribuição é com a Celesc e a iluminação pública, por sua vez, é responsabilidade dos municípios.
Por outro lado, ele disse que a Celesc local tem grandes desafios como gerenciar melhor a rede de postes que compartilham a fiação com as empresas de telecom, o que tem causado, de fato, problemas da rede e com péssimo aspecto visual.
Outro tema que Manoel destacou a pedido do vereador Valdemar Schaefer foi sobre reclamações de demanda reprimida apresentada por algumas empresas, no qual ele refutou afirmando que a subestação da Celesc de Ibirama trabalha com menos de 50% da capacidade instalada. “Não temos demanda reprimida no Alto Vale por conta da qualidade e quantidade de energia fornecida. O que há, sim, são conflitos por mudanças de patamares de consumo, o que demanda investimentos de ambas as partes”.
Outro desafio da Celesc no Alto Vale é a substituição do cabeamento nu por cabeamento protegido na rede de distribuição, o que aumenta a confiabilidade no fornecimento. “Temos 7.500 quilômetros de rede no Alto Vale. Conseguimos, nos últimos anos, substituir 1.5mil quilômetros. É um trabalho hercúleo”, finalizou.