Na quarta-feira, dia 5, foram 19 atendimentos com suspeita de Covid ou sintomas gripais e na quinta-feira o número saltou para 30
Marcelo Zemke
Por conta do aumento da demanda de atendimentos de pacientes com síndromes respiratórias/gripais no Hospital Doutor Waldomiro Colautti, a unidade emitiu um comunicado onde solicita que setor de Emergência seja procurado somente em casos graves, devendo ser priorizada a procura pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios.
“Houve um aumento. Nas últimas semanas, do dia 28 de dezembro a 4 de janeiro, 954 pacientes foram atendidas em nossa emergência, e destes, 90 pacientes eram relacionados a sintomas gripais ou suspeita da Covid-19, ou seja, em torno de 10%”, informou a diretora do Hospital Doutor Waldomiro Colautti, Silvana Leite da Costa.
Ainda conforme ela, somente na quarta-feira, dia 5, houveram 19 atendimentos com suspeita de Covid ou sintomas gripais. Na quinta-feira, 6, foram 30 atendimentos. “Pedimos que a população procure primeiro os postos de saúde para que possamos fazer o atendimento na Emergência do HDWC somente dos casos mais graves”, recomendou.
A preocupação é com a aglomeração e o tempo de espera, pois mesmo com médicos plantonistas, ela acaba acontecendo. “Pedimos a compreensão de todos para que só busquem o atendimento na emergência para os casos mais graves”, disse.
Os cuidados de higiene e o cumprimento dos protocolos segurança, bem como a vacinação, devem continuar. “Lembramos que todos os cuidados devem permanecer, como o distanciamento, lavagem das mãos e a importância da vacinação”.
Nos postos de saúde, os atendimentos médicos estão funcionando da seguinte forma: Ibirama, das 8h às 12h e das 13h às 17h (todas as Unidades); Lontras das 7h30 às 22h (Unidade do Centro) das 7h30 às 11h30 e 12h30 às 16h30 (demais Unidades); Dona Emma, das 8h às 12h e| 13h às 17h (Unidade do Centro); Ascurra das 7h às 13h (Unidade do Centro). A partir do dia 11, o atendimento é das 8h às 17h; Witmarsum, das 8h às 12h e 13h às 17h (todas as Unidades); Vitor Meireles, das 8h às 12h e 13h às 17h (Unidade do Centro); José Boiteux, das 7h às 12h e plantão à partir das 19h (Unidade do Centro); Apiúna e Presidente Getúlio retornam o atendimento a partir do dia 10.
Para o secretário da Saúde André Motta Ribeiro, o cenário da pandemia no Brasil e no mundo não permite relaxar, principalmente com variantes e possíveis casos de coinfecção. “Precisamos estar alertas e vacinar o máximo que conseguirmos para lidar com o aumento de casos no mundo todo. Os dados de Santa Catarina estão entre os melhores do Brasil, nossa taxa de letalidade é de 1,63 por cento, uma das menores do país, o nosso índice vacinal, um dos maiores, atingimos mais de 75% da população geral. Mas isso não nos permite olhar com indiferença para o que está ocorrendo no mundo, com as altas taxas de casos ativos. A mobilização e a seriedade do nosso trabalho vão continuar. Precisamos dos leitos disponíveis”, apontou.
Atualmente, Santa Catarina possui 1.490 leitos ativos de UTI. São 536 leitos disponíveis neste momento para qualquer caso de urgência e 954 ocupados (entre Covid-19 e outras enfermidades).
A atualização da Matriz de Avaliação de Risco Covid-19 no Estado que acontece no sábado (8), mas já é registrado um aumento significativo do número de casos de Covid-19 na região do Alto Vale e em Santa Catarina.
Recursos para leitos de UTIs
Santa Catarina vai manter as vagas em UTI reservadas para receber pacientes com Covid-19, independentemente da ocupação dos leitos. A medida visa a manter o enfrentamento da pandemia, em um momento marcado pelo aumento no número de casos.
Por meio de uma Nota Informativa, o Ministério da Saúde informou que só pagará os leitos de UTI Covid que comprovarem “produção” e desautorizará automaticamente os que não estiverem operando a partir de 1º de fevereiro. Cada leito custa, para ser mantido, R$ 1,6 mil ao dia. Isso impacta em milhares de reais as unidades hospitalares que enfrentam o Coronavírus e que, se não tiverem as taxas de ocupação pedidas pelo governo federal, sofrerão cortes financeiros.
Diante deste cenário, o governo do Estado decidiu arcar com o custeio dos leitos Covid-19, por entender que a pandemia ainda não terminou e é preciso manter e reforçar os cuidados com investimentos e responsabilidade. No momento, SC conta com 630 leitos contra o Coronavírus, sendo 124 utilizados por pacientes com a doença.