Uma operação da Polícia Federal que envolve o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello teve um endereço em Gaspar como alvo nesta quarta-feira (21). Cerca de 50 policiais cumpriram mandados na cidade catarinense, além de Curitiba, São Paulo e Pontal do Paraná (PR). Dois locais foram visitados pelos policiais em Gaspar, ambos pertencentes ao advogado Luiz Alberto Spengler.
Segundo a PF, a Operação Quinto Ato investiga o suposto pagamento de propinas para liberação da licença ambiental de um porto no Paraná. A investigação é desdobramento da Operação Politéia, deflagrada pela Polícia Federal no ano de 2015, oportunidade em que foi identificado que bens de luxo pertencentes a Collor teriam sido pagos com dinheiro de vantagens recebidas de empresários.
Na operação Politéia, diversos outros parlamentares e ex-parlamentares estavam sob investigação. Entre eles, o deputado federal João Pizzolatti (PP), que teve endereços visitados por policiais à época em Penha, Balneário Camboriú e Pomerode. O ex-deputado não é citado na nova fase da investigação.
Os 12 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados às pessoas investigadas nesta quarta foram cumpridos por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Também houve o bloqueio judicial de valores financeiros, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, e também foi determinado o bloqueio de valores financeiros.
Segundo a PF, o nome da operação é uma referência ao rastreamento financeiro efetuado pela Polícia Federal a partir do pagamento da “5ª parcela” de um jato executivo adquirido pelo parlamentar.
Contrapontos
A coluna não conseguiu contato até o momento com o advogado Luiz Alberto Spengler.
O senador Fernando Collor de Mello escreveu no Facebook: “Fui surpreendido hoje com este ato inusitado. Fizeram busca e nada apreenderam, até porque não tinha o que ser apreendido. Vou tentar apurar a razão deste fato de que fui vítima. Nada tenho a temer. Minha consciência está tranquila”.
Por NSC