No Vale Norte, Presidente Getúlio lidera com o número de denuncias

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Jor. Marcelo Zemke

Pequenas cidades lideram denúncias eleitorais em SC; 75% são contra candidatos a vereador

No Vale Norte, Presidente Getúlio se destaca pelo número de denúncias eleitorais, refletindo uma tendência em Santa Catarina, onde pequenas cidades dominam as estatísticas. Desde o lançamento do aplicativo Pardal em 16 de agosto, já foram registradas 442 ocorrências relacionadas às eleições deste ano. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 72,85% dessas denúncias ocorreram em municípios com menos de 100 mil habitantes, com Itajaí sendo a única exceção entre as cinco cidades com maior número de casos. Além disso, 75% das denúncias são direcionadas a candidatos a vereador.

Porto União, no Norte do Estado, lidera a lista com 30 denúncias, seguida por Gaspar com 25 e Agrolândia com 20. Indaial, Itajaí e Schroeder têm 19 denúncias cada.

As estatísticas da plataforma indicam que 75% das denúncias são contra candidatos a vereador, 22% são contra candidatos a prefeito e 2% são contra candidatos a vice-prefeito.

Outras cidades com destaque no número de denúncias incluem Rio do Sul com 16, Presidente Getúlio e Rio do Campo com 7 cada, e Rio do Oeste com 4 denúncias.

Como funciona o sistema Pardal?

O sistema Pardal é uma ferramenta desenvolvida pela Justiça Eleitoral para receber denúncias de irregularidades durante as eleições. Em todo o Brasil, até agora, são mais de 13 mil denúncias. São Paulo é onde mais casos foram relatados (2.729), seguido por Pernambuco (1.531) e Minas Gerais (1.521).

Através do aplicativo, qualquer cidadão pode denunciar práticas ilegais relacionadas às eleições, como propaganda irregular, compra de votos, abuso de poder econômico ou político, e uso indevido dos meios de comunicação. Para fazer uma denúncia, o usuário deve fornecer o nome e CPF, além de anexar provas como fotos, vídeos ou áudios.

O anonimato não é permitido, mas a identidade do denunciante é mantida em sigilo. As denúncias são encaminhadas para o Ministério Público Eleitoral, que é responsável por investigar e tomar as medidas cabíveis.