A ala de Covid do Hospital Regional Alto Vale (HRAV), reservada até o momento aos casos suspeitos e confirmados de contaminação pelo coronavírus , será desativada. A decisão foi tomada porque não há mais demanda para manter o espaço. O local com 22 leitos de enfermaria será destinado às outras necessidades como a internação pacientes que passarem por cirurgias e precisarem permanecer por mais tempo na unidade.
O diretor-técnico do HRAV, Marcelo Vier Gambetta explica que a enfermaria covid foi desativada por falta de pacientes. “Voltamos a atender os pacientes com diagnóstico suspeito para covid em leitos individuais isolados no sétimo andar, e o local que foi utilizado como enfermaria covid volta a sua finalidade de clínica médica, aumentando o número de leitos permitindo assim que a gente reinicie as cirurgias eletivas que estavam represadas há seis meses”, comenta. Ele destaca também que a decisão de desativar foi tomada em comum acordo com direção técnica e corpo administrativo, já que as atividades foram liberadas através de decreto estadual.
Como muitas pessoas aguardam agendamento de procedimento cirúrgico, Marcelo diz que os primeiros procedimentos a serem realizados serão aqueles que já estavam marcados. “Os primeiros serão aqueles que já estavam com as cirurgias liberadas quando do início da pandemia, quando naquele primeiro decreto do governo elas tiveram que ser suspensas. Após, volta-se a situação de normalidade, onde a regulação é feita pelo Sistema Nacional de Regulação( Sisreg) que é o sistema do Estado que faz a regulação da fila de espera”, conta.
Adaptações
No início da pandemia, uma ala do quinto andar com 10 leitos foi transformada em UTI exclusiva para pacientes com covid e a outra parte com os leitos de enfermaria para atender casos suspeitos que foram internados e também os casos confirmados. Segundo informações repassadas pela assessoria de comunicação do hospital, nesta segunda-feira (28) não havia internados suspeitos e nem confirmados na ala.
Cadastramento da UTI
Gambetta explica ainda que a validade do cadastro da UTI junto ao Ministério da Saúde é de 90 dias e que eles estão na torcida para que não haja novos casos. “É para funcionar até dia 29 de outubro porque são 90 dias a partir do início das atividades e foi interpretada como início a data de 1º de agosto, apesar de que ela começou a funcionar no dia 27 de julho. Pelo menos até o dia 29 de outubro ela continuará aberta. Obviamente a gente fica na torcida para que não haja novos casos graves, mas ela segue disponível para atender os pacientes que estão lá e obviamente novas demandas se for necessário”, justifica.
Visitas
Algumas visitas na UTI já foram liberadas, mas de acordo com o médico quanto menor o número de pessoas dentro do hospital, melhor. “Na UTI covid não há visita. A visita é telefônica, justamente para não expor os familiares ao ambiente, que hoje é o mais contaminado. Já na UTI cardíaca e geral, as visitas foram liberadas, pois diferente dos pacientes de enfermaria, há possibilidade de que o próprio paciente faça um contato com os familiares ou eventualmente esteja com um acompanhante se preencher os critérios. Na UTI a gente não tem nenhuma dessas possibilidades, não fica acompanhante e na maior parte dos casos eles não estão em condições de comunicação”, completa.
Reportagem: Rafaela Correa/DAV