É dever dos moradores cuidar e terrenos e imóveis para evitar proliferação

Geral

Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, monitora 18 focos do mosquito da dengue em Ibirama

Fotos: Reprodução Rede Vale Norte

Marcelo Zemke

O primeiro trimestre de 2023 está sendo marcado pelo calor e pela chuva, que são combinações ideais para proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças como a dengue, chikungunya, febre zika, Mayaro e vírus da febre amarela e outros agentes de doenças. 

Em Ibirama, a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, monitora 18 focos do mosquito somente este ano- sendo cinco identificados em janeiro, oito em fevereiro e cinco em março, que fazem acender um alerta junto à população para os cuidados de prevenção de novos. São cuidados simples, que todos conhecem, como evitar água, parada, evitar o acumulo de lixo e colocar areia nos vasos de plantas ornamentais.  Ainda no Vale Norte, em Presidente Getúlio foram encontrados quatro focos do mosquito, sendo três deles em janeiro e um em fevereiro.

Em 2023, os focos do mosquito foram encontrados nos bairros Anchieta, Centro, Operário, Ponto Chic, Progresso e na Rua 25 de Julho.  Conforme repassado Vigilância em Saúde, nenhum caso de Dengue foi notificado neste ano, porém, no ano passado a equipe de Combate à Endemias fez uma Pesquisa Vetorial Especial (PVE) no bairro Nova Stettin, onde um casal estava acometido por Dengue, sendo que a doença foi contraída em outra cidade.

Conforme o agente de Combate às Endemias, Beto da Silva, eliminar os criadouros segue sendo a melhor estratégia de prevenção à dengue, mas é necessário precisamos unir esforços com a comunidade e tentar reduzir os números.  “Precisamos muito do apoio da comunidade. Já aconteceram atos de vandalismo em nossas armadilhas e isso prejudica ainda mais nosso trabalho. Estamos com muita chuva e calor e nosso inverno não tem sido tão rigoroso quanto antes. Isso contribui também para que aumente o número de focos a cada ano”.

Além disso, há a adaptação do Aedes aegypti à região. O vetor está adaptado ao clima e estamos passando pelo período sazonal da doença. “Temos sete focos em Ibirama e a região mais precária é o Centro”, informou agente de Combate às Endemias.

O controle das larvas é feito com o uso de inseticidas. “É feito o controle em um raio de 300m do local do foco.  Os agentes comunitários de saúde também passam nas casas destas localidades para orientar os moradores”, explica Beto.

Ibirama possui 94 armadilhas e 78 pontos estratégicos, que são monitorados constantemente pelos agentes de combate a endemias e pelos agentes comunitários de saúde. O objetivo é descobrir focos do mosquito, destruir e evitar a formação de criadouros e impedir a reprodução dos mesmos.

Mutirão de conscientização

Na próxima quinta-feira, dia 23, será realizado em Ibirama, um mutirão decombate à dengue. A ação faz parte das estratégias da pasta para a eliminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

O mutirão acontece na área central de Ibirama, com a participação dos agentes comunitários de Saúde, o mutirão será realizado no Centro, Rua XV de Novembro e imediações. “São os pontos com maior número de focos do mosquito. Esse mutirão consiste na entrega de material informativo e a revisão dos imóveis, para localizar acumulo de água e fazer a orientação específica desta pessoa”, explica o diretor da Vigilância Sanitária, Rafael Reinicke.

Durante a vistoria, os possíveis criadouros serão eliminados. A população ainda será orientada sobre os cuidados para manter os ambientes livres de focos do mosquito Aedes e poderá tirar dúvidas. O diretor apela para que os moradores tratem com seriedade os cuidados para evitar os mosquitos. “Nossos agentes de saúde apenas monitoram a situação. É dever de cada morador de Ibirama cuidar de seu terreno ou imóvel”.

É fundamental permitir a entrada dos agentes na residência, já que nem sempre os moradores percebem todos os locais que possam estar servindo como criadouro para o mosquito.

Dengue

Na presença de febre de início abrupto, associada à forte dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dores musculares, nas articulações e fraqueza, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde para evitar o agravamento do quadro.

Apesar de não haver um medicamento específico contra o vírus da dengue, o diagnóstico precoce é muito importante para reduzir o risco de dengue grave e de morte pela doença. A hidratação é o principal tratamento contra a dengue.

A Dive ainda orienta os profissionais de saúde do estado a utilizar o fluxograma de classificação de risco e manejo do paciente com dengue, disponível aqui, mantendo atenção especialmente para grupos como crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, assim como para os sinais de alarme e gravidade da doença.

Prevenção

– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *