DNIT deve iniciar reabilitação da ponte entre Ibirama e Apiúna até o fim deste mês

Jor. Marcelo Zemke

Jor. Marcelo Zemke

Além de recuperação e reforço da estruturam o projeto prevê a construção de um terceiro pilar e alargamento da pista

As equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) instalaram o canteiro de obras para dar início à reabilitação da ponte Rio Itajaí-Açu II, localizada no km 111 da BR-470, no limite entre os municípios de Ibirama e Apiúna. Com projetos executivos aprovados, as obras visam melhorar a infraestrutura local e facilitar o tráfego na região. A intervenção inclui a ampliação das fundações, preparação das estacas e reparos estruturais essenciais devido aos sérios danos detectados na ponte, que apresenta risco de colapso. O investimento total na reabilitação é de cerca de R$ 15 milhões.

As obras de infraestrutura no fundo do rio devem começar até o final de junho, incluindo a ampliação do caminho de serviço e a preparação para a colocação das estacas. A reforma deve começar pela infraestrutura no fundo do rio, com abertura de caminho às margens do rio e também a preparação para colocar as estacas, segundo o departamento.

Devido às enchentes que afetaram a região em outubro do ano passado, houve atrasos no início das obras. A empresa responsável deve levar os equipamentos necessários até esta quarta-feira, 19, para construir as fundações da ponte sem bloquear a passagem da água.

 A passagem pela ponte segue normalmente, mas haverá alterações no trânsito quando a fase dos serviços avançar para a execução da laje da estrutura.

Contrato de R$ 15 milhões

O contrato prevê a reabilitação estrutural da ponte, com investimento total de cerca de R$ 15 milhões. O contrato prevê a recuperação da parte estrutural da ponte, incluindo pilares, vigas e lajes. Além disso, haverá ampliação da largura, de 9,4 para 15,2 metros, a fim de abrigar pista nos dois sentidos, mais acostamento dos dois lados, barreiras de concreto, passeio para pedestres e guarda-corpo.

A ponte de 200 metros de comprimento sobre o Rio Itajaí-Açu tem sérios problemas estruturais e vive risco de colapso, segundo relatórios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Conforme o próprio edital, a estrutura tem ferragens expostas, fissuras no concreto, infiltrações, corrosão da armadura e erosão do concreto em contato com a água.

Em uma escala de 1 a 5, o estado de conservação dela recebeu nota mínima do DNIT. Foram três tentativas de contração. As duas primeiras não foram bem-sucedidas, já que nas tentativas anteriores, um edital acabou fracassado e em um segundo edital, lançado em novembro de 2021, acabou não atraindo interessados. Já a terceira licitação, ficou o dobro do valor.

Recuperação é aguardada

A estrutura foi alvo de cobranças por parte de entidades de classe do Alto Vale pelos sinais visíveis de precariedade e desgastes. No próprio edital para licitar a obra, o órgão descreve que a ponte possui trincas, rachaduras, infiltrações e erosão.

O Jornal Vale Norte acompanhou as duas primeiras licitações fracassadas com reportagens e levantamentos completos junto ao DNIT sobre o tema. Vale buscar as edições antigas e conferir. Na época foi estimado que as obras na ponte tivessem condições de iniciar próximo ao segundo semestre de 2022, o que não ocorreu por falta de interessados em executar o projeto.

A ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II – localizada entre os municípios de Apiúna e Ibirama – possui 202 metros de comprimento  e tem traçado em curva e, conforme dados do DNIT, do ano de 2016, cerca de 11 mil veículos trafegam diariamente pela estrutura.

Em 2016, após inspeção da ponte foi informado em relatório que a mesma apresentava condições de estabilidade e conservação consideradas sofríveis, com grande incidência de corrosão em lajes e vigas de concreto.  A estrutura foi classificada, com nota 2, numa escala de 1 a 5. Essa nota 2 significa estado sofrível, ou seja, que a ponte tem deficiências, mas não possui risco iminente de colapso. O DNIT recomenda que motoristas não parem sob a ponte.

 No início do ano de 2021, a ponte foi reclassifica com a nota zero.

Foto Marcelo Zemke/ Arquivo