Ciclovias, são muitas vezes avaliadas de forma errônea pela população, que não percebe todos os seus benefícios e sua finalidade.
As bicicletas como transporte alternativo ou para o lazer estão cada vez comuns na região de Ibirama. O uso das ‘magrelas’ ganhou ainda mais adeptos com a disponibilização de ciclovias pela cidade, após a revitalização das ruas da área central. Mas junto com toda a comunidade e segurança para os ciclistas que estas faixas oferecem, ainda há pessoas e motoristas que não sabem se portar conforme o CTB. Não basta pedalar, é preciso ficar atento a algumas obrigações legais a serem cumpridas pelos ciclistas, pedestres e motoristas. A educação no transito é primordial para se evitar acidentes.
O assunto foi tema do quadro Conexão Comunidade, do programa Além do Mais da Rede Vale Norte e o tema ‘Educação no Trânsito’ está na linha editorial do Jornal Vale do Norte.

Conforme o policial militar, Silvio Cesar Alexandre, relações públicas da 2ª CIA de Policia Militar de Ibirama (13º BPM), o lugar de bicicleta é na ciclovia, posteriormente na ciclofaixa, depois no acostamento e, por fim, na pista de rolamento, às margens da pista, no mesmo sentido do trânsito. “A ciclovia foi feita exclusivamente para os ciclistas, então o pedestre não pode utilizar, assim como os veículos. Em locais onde há uma sinalização específica, os motoristas podem cruzar”, explica.
Proibido pedalar nas calçadas
Segundo o CTB os ciclistas devem utilizar ciclofaixas, ciclovias ou acostamentos. Quando não houver, deve-se usar o bordo direito da pista, no mesmo sentido dos demais veículos. Ainda de acordo com o CTB, é proibido pedalar em calçadas, passarelas e outras vias exclusivas para pedestres.
Uma hipótese para estar de bicicleta na calçada é empurrando a mesma. Isso é o que se extrai do artigo 68, caput e § 1º, do CTB, segundo o qual a calçada é lugar para pedestre e que o ciclista se equipara ao pedestre quando empurra a bicicleta.

Por ser um veículo, o ciclista deve respeitar a faixa de pedestres e os semáforos. “Ele deve obedecer as mesmas diretrizes que há para os veículos automotores. No semáforo, o ciclista tem que parar e aguardar a sua vez. Assim como, se ele quiser atravessar uma via na faixa de pedestre, ele tem que desembarcar da bicicleta e aguardar para fazer a travessia com segurança”.
As ciclovias também obrigam aos ciclistas a obedecer a certas regras de trânsito, procedendo de forma adequada, sem atitudes inesperadas que surpreendem o motorista distraído.Outro ponto orientado, é que ao utilizar as vias ou ciclofaixas, o automóvel deve manter uma distância lateral mínima de 1,5m de distância lateral do ciclista. “Sempre o ciclista deve andar no mesmo sentido dos carros, não podendo andar na contramão”, orienta.
Bicicletas elétricas e motorizadas
Outra dúvida é quanto ao uso de bicicletas elétricas e motorizadas. O Contran obriga que as bikes tenham indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna dianteira, traseira e lateral, espelhos retrovisores em ambos os lados e pneus em condições mínimas de segurança. Diferente das bicicletas comuns, o uso de capacete é obrigatório.
“As bicicletas elétricas ou com motores a combustão, que tenham a velocidade até 50km/h, devem usar o bordo da pista de rodagem do lado direito e nunca a ciclovia”, informou o relações públicas Silvio Cesar Alexandre.
Já na ciclofaixa ou ciclovias, as bicicletas deverão ter potência nominal máxima de 350 watts, poderão atingir velocidade de no máximo 25 km/h, o motor só poderá funcionar quando o condutor estiver pedalando e não pode haver acelerador, condições para que sejam consideradas bicicletas e não ciclomotores. “Elas são para as bicicletas de propulsão humana ou elétricas que necessitam também do pedal Ela também pode ser usada por pessoas com hoverboard ou patinete elétrico”, ressalta o PM Alexandre.
Conexão Comunidade
O programa jornalístico Além do Mais, que vai ar de segunda a sexta-feira na TV Online Vale Norte, agora abre espaço para a voz da população. Através do quadro Conexão Comunidade, a audiência da Rede Vale Norte de Comunicação pode pedir ajuda para solucionar problemas, seja na rua, no bairro, na cidade em que vive.
As sugestões podem ser enviadas através dos comentários nas lives do programa ou então pelo whatsapp da redação de Jornalismo no (47) 99118-7885.
Por Marcelo Zemke – Jornal Vale do Norte