Na tarde desta quinta-feira, 19 , o Corpo de Bombeiros Militar de Rio do Sul foi acionado para atender um grave caso de afogamento envolvendo uma criança de aproximadamente 2 anos. O incidente ocorreu no bairro Valada São Paulo, na Rua Prefeito Luiz Adelar Soldatelli.
A solicitação chegou por meio do telefone de emergência 193, informando que a criança estava em afogamento grau 6 (parada cardiorrespiratória) e já havia sido retirada da piscina por populares. As viaturas foram rapidamente deslocadas para o local, onde, ao chegarem, a criança já recebia os primeiros atendimentos de reanimação cardiopulmonar (RCP) por um enfermeiro do PSF Santa Rita.
A guarnição do Corpo de Bombeiros assumiu os procedimentos de reanimação, auxiliando nas manobras até a chegada da Unidade de Suporte Avançado (USA 02), que deu continuidade ao atendimento. Infelizmente, apesar de todos os esforços das equipes, a vítima não resistiu e o óbito foi confirmado pela equipe médica.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) foi acionado para a investigação e procedimentos legais relacionados ao caso.
Esse trágico incidente reforça a necessidade de cuidados redobrados com a segurança de crianças em ambientes com piscina e o importante papel dos primeiros socorros até a chegada dos profissionais de saúde.
Mortes por afogamento
Conforme informações divulgadas pelos Bombeiros Militares, em média quatro crianças morrem por afogamento, todos os dias, sendo que pelo menos um desses óbitos ocorre em casa, segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA).
O afogamento, segundo o órgão, é a primeira causa de morte de crianças de 1 a 4 anos, a terceira causa entre crianças com idade entre 5 e 9 anos e quarta causa de morte quando na faixa etária de 10 a 24 anos. Ainda segundo eles, 04 crianças morrem por afogamento todos os dias, sendo que pelo um desses óbitos ocorre em casa.
Com menores de idade, especialmente as crianças, a atenção precisa ser constante pois um afogamento acontece em uma fração de segundo. Se não resultar em um óbito, pode causar sequelas irreversíveis
Cerca 45% dos afogamentos ocorrem entre os meses de dezembro e março, período em que as crianças estão em férias escolares e, por isso, mais tempo em casa desfrutando do lazer.
Crianças exigem 100% de atenção em piscinas! Elas devem ficar a um braço de distância de um adulto responsável, mesmo em locais que tenham a presença de guarda-vidas.
Evite os afogamentos com alguns cuidados
- Nas piscinas sempre tenha uma barreira física, para evitar o acesso de crianças;
- as crianças só devem estar na área de piscina ou dentro dela se houver um adulto supervisionando;
- se for em um clube, hotel ou pousada, se possível procure locais com a prevenção de guarda-vidas;
- tenha um telefone carregado e verifique se a área possui sinal, para utilização em casos de emergência;
- não sabe nadar? Use coletes salva vidas – nunca boias – nem mesmo em crianças, já que dão a falsa sensação de segurança;
- se você for entrar na água tenha alguém observando, já que por mais que saiba nadar você pode ser acometido de um mal estar ou mal súbito, podendo tornar-se uma vítima;
- nunca mergulhe de cabeça, pois pode causar mortes ou paralisia;
- não entre na água após ingerir bebidas alcoólicas ou fazer uma refeição recente;
- materiais flutuantes devem ficar sempre à mão, para o caso de necessidade;
- não permita que crianças fiquem sozinhas na piscina e evite deixar brinquedos no local;
- nas piscinas também recomenda-se um ralo antiaprisionamento, pois evita que crianças e adultos fiquem presos pelos cabelos e membros.
Ambiente doméstico
- Mantenha portas de áreas de serviço e banheiros fechadas;
- guarde recipientes como baldes e bacias de cabeça para baixo;
- mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados.