Bebê indígena que nasceu morto testa positivo para Covid-19 no Vale do Itajaí, diz prefeitura

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A Secretaria de Saúde de José Boiteux, no Vale do Itajaí, informou que um bebê da etinia Xokleng, que nasceu morto, testou positivo para Covid-19. De acordo com a prefeitura, o exame foi feito logo após o nascimento, e o resultado foi divulgado no dia 5 de agosto. A mãe da criança, uma jovem de 20 anos, teve alta nesta segunda, após ficar sete dias internada.

Até segunda-feira (10) a morte do bebê não havia sido incluída no balanço do governo estadual. A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), informou ao G1 que foi informada sobre o óbito e que o caso deverá ser incluído no sistema durante atualização no fim da tarde desta terça (11).

De acordo com a prefeitura de José Boiteux, a mãe do bebê mora na Aldeia Palmeirinha, na Terra Indígena Laklãnõ, e foi diagnosticada com a doença ainda durante a gestação.

A mulher foi internada no dia 3 de agosto no Hospital Doutor Waldomiro Colautti em Ibirama, município vizinho a José Boiteux, após um problema de descolamento de placenta. Segundo a prefeitura, no mesmo dia ela deu à luz na unidade mas o bebê nasceu morto.

No dia 5 de agosto, a mãe foi transferida para o Hospital Oase de Timbó, também no Vale do Itajaí, e teve alta na segunda. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, amentou a morte do bebê indígena e disse que a mulher está assintomática e já voltou para a aldeia, onde está em isolamento com os demais membros da casa.

A Sesai disse que o primeiro caso de Covid-19 em aldeia da etnia Xokleng foi confirmado em 30 de julho, em José Boiteux, por exames realizados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Interior Sul.

Após o resultado, o Dsei enviou uma Equipe de Reposta Rápida (ERR) às aldeias para monitoramento dos pacientes e testagem da população e providenciou, em parceria com o Governo do Estado e do Exército alojamentos para isolamento dentro das aldeias dos infectados.

Ainda segundo a Sesai, os pacientes que testam positivo para o novo coronavírus estão sendo acompanhados pela ERR e Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI). Disse também que uma Unidade de Atendimento Primário Indígena (UAPI) está sendo montada próximo às aldeias.

Para evitar a contaminação, a orientação dada aos indígenas é para se manterem dentro das aldeias, evitando saídas desnecessárias, o uso de máscaras e higienização das mãos com frequência.

Outra morte de criança

Em junho, uma criança de 1 ano morreu vítima da Covid-19 em Florianópolis. Ela morava em São José, na Grande Florianópolis, e estava internada no hospital infantil Joana de Gusmão. Conforme informado pelo governo do estado, ela tinha outras doenças, que não foram especificadas.