Barragem Norte não será operada

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A estrutura está com 30% de ocupação e Defesa Civil não confirmou fechamento das duas comportas

O prefeito de José Boiteux, Adair Antonio Stollmeier, o Pico, utilizou as redes sociais na manhã de hoje, dia 07, para esclarecer boatos sobre a operação da Barragem Norte em José Boiteux.  Ele reforçou que não há tratativas com a Defesa Civil de SC neste sentido. “Muita gente está querendo se promover em cima da Barragem Norte. Quando não chovem, eles não vem ver a barragem. Queremos que estes vereadores lá de baixo venham quando ela está seca”, disse o prefeito. As duas comportas permanecem abertas.

A estrutura está com 30% de ocupação. “A Defesa Civil não confirmou a operação de fechamento”.

Na quarta-feira, 04, a Defesa Civil de Santa Catarina informou que estava descartada a possibilidade de operar a barragem.  A equipe técnica concluiu não ser seguro fechar as comportas, o que deveria ter sido feito quando o rio alcançou os 6 metros em Blumenau, às 16h. O secretário de Estado da Defesa Civil, coronel Armando, esteve reunido com lideranças da comunidade no dia.

A barragem é alvo de impasse entre a comunidade indígena e o governo federal, que fez a construção dentro de uma terra da etnia Xokleng legalmente demarcada. Desde 2014, quando foi invadida pela última vez, sofreu depredações e os equipamentos simplesmente sumiram. Em uma invasão anterior, em 2005, ela foi depredada. Entre as demandas com a comunidade estaria o estudo de impacto socioambiental.

A última operação aconteceu em junho de 2017, depois de negociações, a estrutura foi operada pela Defesa Civil e duas comportas foram fechadas. Atualmente, o governo de SC informou que não irá operar a barragem por conta de riscos estruturais e não poder abri-las novamente.  

Em 2019 o Ministério do Desenvolvimento Regional sinalizou a liberação de R$ 16 milhões para concluir os trabalhos.

Parecia estar tudo resolvido até que um sítio arqueológico foi descoberto no traçado do canal extravasor. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) pediram um estudo do material. 

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