Bioplástico pode ser utilizado para embrulhar frutas e tampar pequenos potes.
Volta em meia, somos impactados com imagens que mostram a quantidade de plástico nos oceanos, rios e lixões. Pensado na sustentabilidade e no meio ambiente, os alunos de química da professora Geice Travaglia, da EEB José Clemente Pereira de José Boiteux desenvolveram durante as aulas, um tipo de bioplástico, que é dissolvido no meio ambiente, impedindo a contaminação da água e solo e não prejudicando os animais.

Ela conta que o trabalho foi desenvolvido em uma disciplina eletiva do novo ensino médio. Durante uma conversa em aula sobre o plástico e os prejuízos que o material causa no meio ambiente, a professora, teve a ideia de criar um bioplástico feito de gelatina com os alunos do 1° ano do Novo Ensino Médio e colocar em prática a teoria que havia sido estudada na sala de aula. “A ideia seria criar algo sustentável e que pudessem utilizar em casa com as famílias e pensar na agressão ao meio ambiente com a quantidade de plástico que se utiliza”.

O estudante Edi Kahê Pripá destaca que o plástico leva de 400 a 500 anos para se decompor. “O excesso de plástico no meio ambiente prejudica a biodiversidade. Sem ela, não há produção, então o homem é mais prejudicado. Pensando em tudo isso, pensamos em fazer o experimento”, exemplificou. O bioplástico serve como uma alternativa biodegradável para o plástico comum, que pode permanecer na natureza por séculos. Os estudantes criam películas com o material e que podem ser utilizadas para embrulhar frutas e tampar pequenos potes. “Ele pode ser feito com gelatina incolor ou amido de milho e glicerina”, revela Edi.
O material é resiste e pode ser usado por várias vezes. O aluno Vitor Hugo da Cunha teve a oportunidade de viver como um químico durante a atividade e aprovou a experiência. “Eu achei uma prática muito boa, pois a gente pode ver bem de perto um bioplástico, que pode ajudar no meio ambiente, e é uma coisa que as pessoas podem fazer em casa”, declara Vitor.

Ele conta que a prática em sala de aula, faz com que fiquem mais familiarizados com o conteúdo, melhorando o aprendizado. “Chama muito mais atenção e faz com que gente fique familiarizado com o conteúdo”.
Divididos em equipes, os alunos seguiram o passo a passo com a orientação da professora e criaram o seu bioplástico. “Ele não é difícil de ser feito e os ingredientes são fáceis de se conseguir”, destacou o aluno.
Fabricação
O processo de fabricação do plástico é bem simples. Como a gelatina vem de proteína de origem animal, ela é um polímero natural, e pode ser produzida através da reação de hidrólise com colágeno. Para a criação do bioplástico, a gelatina foi hidratada e misturada com o glicerol, que serve como plastificante.
Após esse passo, a mistura é colocada no micro-ondas para ser aquecida e ficar homogênea. Cada equipe escolheu a cor de seu corante e aplicaram uma camada fina em formas e pratos. Então foi só esperar umas horas até secar e o bioplástico estava pronto para uso.
Por Marcelo Zemke – Jornal Vale do Norte