Ele segue firme na missão de popularizar o jiu-jitsu e seus valores, impactando positivamente a vida de muitas pessoas na região
Marcelo Zemke
O jiu-jitsu tem ganhado cada vez mais força em Ibirama e região, e um dos expoentes desta arte marcial é o professor e atleta Kaique Koepsel da Silva. Com uma trajetória marcada pela dedicação ao esporte, Kaique vem se destacando tanto dentro dos tatames quanto no trabalho social com crianças e jovens. “O jiu-jitsu me ensinou disciplina, respeito e a importância da perseverança. Tento passar esses valores para os meus alunos, porque sei o impacto que o esporte pode ter na vida deles”, afirma Kaique.
Professor no CT Alexandre Pacheco, em Ibirama, kaique começou a praticar o esporte com 14 anos se idade, e aos 18 anos, participou de um projeto no IFC de Ibirama, onde evoluiu, chegando à faixa roxa em 2020, se tornando instrutor. “Comecei desde lá, a trabalhar com jiu-jitsu, ajudando o professor a organizar chamadas, os kimonos, tudo mais. E, dali pra frente, fui evoluindo, treinando cada vez mais. Em 2020, eu peguei a faixa roxa com 18 anos, né, aí me tornei instrutor. Competi bastante, mas sem grandes resultados. Tava na marrom que eu comecei a pegar um lugar, uma expressão, Campeão catarinense esse ano, fui campeão Sul brasileiro e terceiro colocado no Mundial, levando o nome de Ibirama”.
Fundador do CT Koepsel, em Vitor Meirelles, Kaique tem levado os ensinamentos da arte para diferentes públicos. Além das academias, ele desenvolve projetos sociais, atuando até o ano passado no CRAS de Vitor Meirelles e no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDSA) de Witmarsum. Em 2024, seguirá com essas iniciativas e expandirá seu trabalho para escolas da região, buscando levar os benefícios do jiu-jitsu para ainda mais pessoas.
Destaque nas competições
Como atleta, Kaique teve um ano de 2023 brilhante, conquistando títulos importantes, como campeão Sul-Brasileiro, campeão estadual overall e terceiro colocado no Mundial da Confederação Brasileira de Jiu–Jitsu (CBJJC). Para ele, o jiu-jitsu vai muito além da competição. “O esporte ensina disciplina, respeito, hierarquia e, principalmente, a lidar com o ego. No tatame, mesmo sendo faixa marrom, há dias em que um graduado inferior pode levar a melhor. Isso ensina humildade e perseverança”, afirma.
Além do jiu-jitsu, Kaique também pratica capoeira e tem planos para ampliar as modalidades em seu centro de treinamento. Com um passado marcado por desafios, incluindo episódios de bullying na infância, ele encontrou no esporte uma ferramenta de transformação e busca proporcionar essa mesma experiência a outros jovens. “Cheguei a apanhar na escola e hoje em dia, estar nesta posição de professor e campeão de competições nacionais e surreal. Isso tudo me fez melhorar e me aproximar ainda mais de Deus, nesta caminhada”, conta.
Kaique conta que em caso de bullying, o Jiu-Jitsu é usado como disciplina, e não para revidar uma agressão. “Podemos capacitar a pessoa que está sendo agredida a ter alto confiança e a se impor e na mesma forma coibir o agressor, mostrando que sempre há um ‘peixe maior no oceano’”, comenta.
Seja no CT Alexandre Pacheco, no CT Koepsel ou nos projetos sociais, Kaique segue firme na missão de popularizar o jiu-jitsu e seus valores, impactando positivamente a vida de muitas pessoas na região.
Além do jiu-jitsu, Kaique também pratica capoeira e tem planos para ampliar as modalidades em seu centro de treinamento. Com um passado marcado por desafios, incluindo episódios de bullying na infância, ele encontrou no esporte uma ferramenta de transformação e busca proporcionar essa mesma experiência a outros jovens.
“Eu sei como é se sentir deslocado e como o esporte pode mudar vidas. Quero que cada aluno que passa pelos meus treinos tenha a chance de crescer e encontrar sua melhor versão”, afirma o professor.
