Ibirama teve novo aumento nos focos do mosquito da dengue

Em janeiro deste ano, o município registrou 52 focos de mosquito, contra 29 focos no mesmo mês do ano passado

Marcelo Zemke

A Secretaria de Saúde de Ibirama,  junto com a Vigilância em Saúde, está intensificando os esforços para conter o aumento dos casos de dengue no município. A secretária de Saúde, Marlete Dopke, e o coordenador de Vigilância em Saúde, Rafael Heinecke, destacaram o quadro preocupante da doença em Ibirama, com o número de focos de mosquito praticamente dobrando em comparação ao ano passado.

Conforme a secretária, apesar de o município ainda não tenha registrado um grande número de casos da doença, o aumento de focos do mosquito Aedes aegypti é alarmante. Segundo dados fornecidos por Rafael Heinecke, em janeiro deste ano, o município registrou 52 focos de mosquito, contra 29 focos no mesmo mês do ano passado.

 Esse aumento de cerca de 100% indica uma grande preocupação, pois os focos, se não combatidos adequadamente, podem se transformar em casos confirmados de dengue. “Ao invés de contabilizarmos apenas os focos do mosquito, o número de doentes pode crescer consideravelmente se não tomarmos medidas preventivas agora”, afirmou o coordenador, ressaltando que é crucial que a população participe ativamente das ações de combate.

Ações de Conscientização e Prevenção

A secretária de Saúde de Ibirama explicou que a pasta está realizando um levantamento nos bairros e comunidades, com visitas da equipe de Vigilância em Saúde para identificar pontos críticos e focos do mosquito. Além disso, estão sendo planejadas campanhas de conscientização, principalmente nas escolas, que terão o apoio do governo federal e estadual.

As ações buscam alertar a população sobre a importância de evitar o acúmulo de água parada, onde o mosquito pode se reproduzir. “Manter os imóveis limpos e livres de qualquer objeto que possa acumular água é fundamental para evitar a proliferação do mosquito. A população tem um papel essencial nesse processo”, enfatizou Marlete.

O coordenador de Vigilância em Saúde, também mencionou que, além do aumento no número de focos, houve um incremento no número de agentes de endemias, que passaram de dois para quatro. Essa ampliação visa melhorar a fiscalização e o controle de focos, mas, para que as ações de prevenção sejam realmente eficazes, é necessário que cada morador também faça sua parte.

Além das visitas aos bairros, o município está intensificando as ações de prevenção nos cemitérios, locais frequentemente encontrados com foco de mosquito devido ao acúmulo de água em vasos de flores. “Reforçamos que a população não deve usar pratinhos nos vasos ou, se necessário, fazer furos para evitar que a água fique acumulada”, destacou Rafael.

O sucesso das ações depende da colaboração de toda a população. “A participação de todos é fundamental. Cada morador precisa dedicar alguns minutos do seu dia para verificar se sua residência está livre de focos do mosquito”, disse.

Uma reunião agendada na sexta-feira, 07, envolveu todas as secretarias municipais, que deverão alinhar as estratégias e fortalecer o trabalho conjunto para combater a proliferação do mosquito. A secretária de Saúde enfatizou a importância dessa união: “Vamos unir forças para garantir que a cidade consiga controlar a situação antes que a doença se espalhe ainda mais Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para manter a cidade segura, e contamos com a colaboração de todos para que os números não aumentem ainda mais”, concluiu.

Secretaria da Saúde e municípios vão ampliar faixa etária de vacinação contra a dengue em Santa Catarina

Foto: Silviane Mannrich/ SES

Com o objetivo de aumentar a cobertura da imunização contra a dengue em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde definiram a ampliação da idade da vacinação contra a doença. A decisão foi pactuada nesta quinta-feira, 6, na primeira reunião do ano da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Ficou definido que os municípios que já aplicam a vacina contra a dengue em adolescentes de 10 a 14 anos, podem ampliar o público para os adolescentes de 15 e 16 anos.

“Essa é mais uma ação da Secretaria da Saúde juntamente com os municípios, de combate a dengue, a vacinação contra a doença está baixa e nós queremos imunizar o máximo de pessoas que pudermos ainda no verão. Nosso objetivo é um só: salvar vidas”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

Cada município deverá definir como será a ampliação da vacinação, levando em consideração o quantitativo de doses disponíveis e a necessidade de garantir doses suficientes para a conclusão do esquema vacinal. Atualmente as regiões Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Oeste que totalizam 76 municípios possuem vacinas contra a dengue.

A SES solicitou em 2024 ao Ministério da Saúde a ampliação das vacinas para os municípios das regiões da Foz do Rio Itajaí, Extremo Oeste e Xanxerê.

Atualmente os índices vacinais contra a dengue estão em 43,95% com a primeira dose e 20,65% com a segunda dose.

O superintende de Vigilância em Saúde da SES, Fábio Gaudenzi, esclarece que os municípios já podem ampliar o grupo alvo. Importante destacar que é preciso manter a reserva para a segunda dose, já que para que a vacina contra a dengue seja eficaz é necessário a aplicação em duas doses com um intervalo de 90 dias.