Aos 62 anos, Adelor inspira e mantém a corrida como estilo de vida
Marcelo Zemke
Com uma trajetória marcada pela dedicação à educação e à prática esportiva, o ex-professor e aposentado Adelor Bechtold, de 62 anos, continua a inspirar com seu exemplo de superação e disciplina. A cada ano, ele se desafia novamente e participou da 17ª edição da tradicional Corrida de São Silvestre, realizada no dia 31 de dezembro, em São Paulo.
Com mais de 16 participações no currículo, o ex-professor e aposentado demonstra que, para ele, a corrida é mais que uma competição: é uma paixão que mantém seu corpo e mente em movimento. Agora ele se prepara para a próxima edição da corrida. “Mais uma paga. Vamos pra décima oitava”, disse.
Ele começou a correr como uma forma de manter a saúde, mas a prática logo se tornou uma parte fundamental de sua rotina. “Cada edição da São Silvestre é um desafio novo. A sensação de cruzar a linha de chegada, junto com outros corredores, é uma das mais gratificantes da minha vida”, compartilhou ele, com entusiasmo.
Bechtold foi professor de várias gerações em Ibirama e, ao longo de sua carreira, sempre se dedicou a formar “gente”, e não apenas alunos. Ele destaca a importância do exemplo e da conexão humana no processo de aprendizado. Em uma entrevista à Rede Vale Norte, ele revelou que sua maior gratificação vem ao ver ex-alunos agora com famílias próprias e continuando a aplicar os ensinamentos recebidos durante sua trajetória. “Fui professor de gente. Não de conteúdo”, afirmou com emoção, ao relembrar os momentos de ensino e o vínculo criado com seus alunos. Para ele, a educação não se resume ao que se aprende nos livros, mas sim à vivência e ao caráter que se forma na interação humana.
Após sua aposentadoria, Bechtold encontrou no esporte uma forma de continuar se desafiando. A corrida, que começou como um hobby, tornou-se uma prática regular e um antídoto contra o estresse. Ele compartilhou com entusiasmo que a atividade física foi fundamental para manter o equilíbrio mental e físico, principalmente após um período difícil de recuperação de um acidente. “Não existe esporte mais anti-depressivo que a corrida. Com um simples tênis, você pode mudar seu dia, sua vida”, disse ele, destacando os benefícios da prática para a saúde mental e a integração entre pessoas de diferentes idades e origens.
A corrida
A corrida, para Bechtold, vai além do simples ato de correr. É uma oportunidade de formar laços e construir amizades. Ele mencionou como, mesmo em competições, a preocupação não está apenas com o resultado, mas em ajudar os outros corredores que, eventualmente, precisam de apoio.
Além de ser um defensor da prática de esportes como forma de melhorar a saúde, Bechtold também destacou a importância de eventos como a São Silvestre.
Por fim, ele deixa uma mensagem de otimismo: “A vida só termina quando jogamos a toalha. Em todas as minhas passadas, carrego comigo as energias das pessoas que fazem parte da minha estrada. Espero continuar correndo por muitos anos, com todos esses amigos e admiradores ao meu lado.”