2º Concurso de Queijos Artesanais de SC avaliou 175 queijos artesanais de 50 queijarias de Santa Catarina
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A Queijaria Knopp, localizada em Ibirama, foi novamente premiada no Concurso de Queijos Artesanais de Santa Catarina, conquistando uma medalha de Prata pela qualidade de seu queijo Kochkäse, um produto tradicional da culinária alemã. Esta é a segunda vez que a queijaria é reconhecida no evento, reafirmando sua posição de destaque no cenário estadual.
A entrega da premiação foi realizada para a produtora Sandra Diogo da Silva Knopp, representada pela veterinária responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Ibirama, Mariana Bertoldi, que apoia o desenvolvimento e a regulamentação de produtos artesanais de alta qualidade. “Para o prêmio de prata da Queijaria Knopp, tivemos uma média de 80 a 89 pontos, enquanto o ouro foi concedido para aqueles com 90 a 100 pontos. E os jurados foram profissionais extremamente competentes, de várias partes do Brasil, que degustaram e avaliaram os queijos com muito cuidado”, explica.
A presença de Mariana destaca o compromisso do município com a segurança e a valorização dos produtores locais. “Como veterinária e responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal aqui em Ibirama, posso dizer que a inspeção de produtos de origem animal é um trabalho fundamental. O nosso serviço não só oferece orientação e apoio aos produtores locais, mas também assegura que todos os produtos atendam aos padrões de qualidade e segurança necessários. A Queijaria Knopp, com seus 22 anos de tradição, é um exemplo de como a agricultura familiar pode crescer e ser reconhecida. O trabalho deles é incrível, e fico feliz em poder acompanhar de perto e ver o sucesso deles”, disse.
O queijo Kochkäse, premiado neste concurso, é um exemplo do resgate e da valorização de receitas tradicionais trazidas por imigrantes alemães, adaptadas ao terroir de Santa Catarina. Este reconhecimento reforça a importância da produção artesanal na região e o empenho da Queijaria Knopp em oferecer produtos de excelência, valorizando a cultura e os sabores locais.
A premiação foi entregue a produtora, Sandra Diogo da Silva Knopp, e contou com a participação da veterinária responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal de Ibirama, Mariana Bertoldi. “Agradeço a todos pela atenção, e reforço que o Serviço de Inspeção Municipal está disponível para orientar qualquer estabelecimento que queira participar de eventos como esse. O nosso trabalho é ajudar os produtores a alcançar o melhor padrão de qualidade e, assim, fortalecer a nossa economia local. Muito obrigada”, disse.
Destaque 2º concurso de Queijos Artesanais de Santa Catarina
A premiação aconteceu na noite de quarta-feira, 6, em Rio do Sul, após avaliação realizada durante por um júri com representantes de diferentes estados brasileiros. O queijo Texto de Pomerode, maturado por 12 meses, recebeu medalha Super Ouro dentre os 27 classificados como Ouro.
O evento foi realizado pela Epagri em parceria com a Associação dos Municípios do Vale do Itajaí (Amavi) e da Universidade do Alto Vale do Itajaí (Unidavi). Participaram 175 queijos de 50 queijarias de todas as regiões de Santa Catarina: 32 receberam a medalha Prata (notas entre 8 e 8,9) e 51 a Bronze (notas entre 7 e 7,9). A próxima edição do concurso será em Videira, em 2026. No Alto Vale, foram ainda premiados o Comércio Queijo Colonial Possamai de Pouso Redondo (2 Ouros) o Queijo Famiglia Baldo de Rio do Sul (2 Pratas), Comercio Queijo Colonial Possamai (2 Pratas) e o Scoz Queijos com o Bronze, ambos de Pouso Redondo.
Queijos autorais
O concurso abriu inscrições para quatro tipos de queijos: coloniais, tradicionais, autorais e os tipos (parmesão, serrano, etc). Os jurados avaliaram os seguintes critérios: aparência geral (casca, massa, textura, composição total), aroma (casca, massa, composição total, possíveis defeitos), textura (elasticidade, cremosidade, granulosidade, untuosidade), sabor (sensação, intensidade, possíveis defeitos) e adequação ao estilo da categorial na qual o queijo está inscrito.
Patrícia Schonz, professora de tecnologia de alimentos do IFSC campus de São Miguel do Oeste, coordenou a equipe de jurados. Ela ficou impressionada com a variedade e o diferencial dos queijos participantes do concurso. “Recebemos muitos queijos autorais, que ainda recebem o nome de colonial, mas que apresentam características únicas da região de produção. São queijos com tamanhos, gostos e texturas diferentes de um colonial. Os produtores catarinenses são muito criativos e contam com produtos de excelente qualidade”, diz ela.
De acordo com o presidente da Epagri, Dirceu Leite, por meio do concurso a Epagri dá oportunidade aos pequenos empreendimentos mostrarem todo o potencial dos queijos que produzem, bem como a qualidade. “Os queijos catarinenses são diferenciados e com certeza alcançarão novos mercados a partir da premiação”, diz ele.
Vitrine para os queijos catarinenses
Conforme Telma Tatiana Köene, coordenadora Estadual do Programa Gestão de Negócios e Mercados da Epagri, o concurso é uma grande vitrine para os queijos artesanais de Santa Catarina. “O concurso apresenta o queijo catarinense para o mundo. Os que ganham medalha atraem consumidores e estimulam o turismo rural na região. Os que não recebem premiação têm oportunidade de qualificar produção, pois recebem orientações da banca sobre todos os critérios avaliados, com recomendações dos pontos a melhorar”, explica ela.
Capacitação para os queijeiros
O concurso aconteceu em paralelo com a Feira Catarinense de Queijos Artesanais (6 e 7/11) e o I Simpósio Catarinense de Queijos Artesanais (7/11). De acordo com a coordenadora dos eventos, extensionista rural da Epagri Katiucia Micheli Visentainer, os eventos se complementam para atingir o objetivo da Epagri que é qualificar o queijo artesanal produzido pelos agricultores familiares de Santa Catarina.
Evento foi uma grande vitrine para os queijos artesanais de Santa Catarina
“O concurso foi uma amostra de queijos legalizados que passaram por avaliação de um corpo técnico. Já a feira permitiu a compra de queijos diferenciados, de sabores únicos, tanto por consumidores como por comerciantes. O evento fechou com o simpósio, que trouxe informações para aquele produtor que deseja aprimorar os conhecimentos na produção de leite e de queijo, ou até mesmo legalizar o seu empreendimento”, explica.