Com o fim deste prazo, ele poderá voltar ao comando da Prefeitura de Ibirama
Marcelo Zemke
Na próxima sexta-feira, dia 5 de abril, encerra o prazo de 180 dias do afastamento do prefeito de Ibirama, Adriano Poffo, de suas funções na prefeitura do município. Com o fim deste prazo, ele poderá voltar ao comando do Executivo Municipal. Conforme informações, a volta do prefeito deve ser analisado pela desembargadora responsável pelo caso, na quinta-feira, dia 04.
O prefeito de Ibirama havia sido afastado em decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), no dia 5 de outubro.
Poffo, que foi detido preventivamente na quarta fase da Operação Mensageiro, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do MPSC no dia 27 de abril, responde em liberdade desde de outubro do ano passado, tendo que cumprir medidas cautelares, incluindo o afastamento do cargo público.
Além do afastamento das funções, havia a proibição de contato com corréus, colaboradores premiados da operação mensageiro e servidores da prefeitura. Também havia proibição de adentrar na prefeitura municipal de Ibirama e suas secretarias.
Na época da revogação da prisão a defesa de Adriano Poffo manifestou que o réu é inocente das acusações. “A decisão que revogou a prisão preventiva do Prefeito Adriano Poffo, embora tardia, finalmente passa a reestabelecer a verdade. É importante lembrar que o Ministério Público foi contrário a tal decisão, mas o Poder Judiciário corretamente enxergou o excesso que a medida passou a representar. Isso porque, os depoimentos testemunhais de todos os Delatores do Grupo Serrana, que confessaram seus crimes em diversos municípios do Estado de Santa Cantarina, foram uníssonos em afirmar que a situação do Prefeito Adriano Poffo é distinta, ao reconhecerem que ele jamais solicitou ou recebeu qualquer valor ilícito. Permanecemos confiantes de que a justiça será integralmente restabelecida e ficará comprovado que Prefeito Adriano Poffo é inocente das referidas acusações”, informou.
A reportagem entrou em contato com a defesa na segunda-feira, dia 1, mas não obteve retorno até a manhã, desta terça-feira, dia 2.
Operação Mensageiro
A Operação Mensageiro apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Entre outras coisas, ela apura um esquema de pagamento de propina a agentes políticos em troca de vantagens indevidas a então empresa de coleta de lixo a Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, firmados com prefeituras.
Em Ibirama, as investigações apuram suspeitas de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em Santa Catarina. Além de Poffo, o então secretário de Administração, Fábio Fusinato, também havia sido preso e também responde em liberdade.
Ainda no Vale Norte, a Operação Mensageiro prendeu ex-superintendente do Saate (Serviço de Abastecimento de Água e Tratamento de Esgoto) de Presidente Getúlio, Edson Jose Staloch, que também responde em liberdade.