Audiência pública ocorreu no município devido à limitação de expediente para a realização de audiência no dia 20 de setembro sede do Tribunal de Justiça de SC
Marcelo Zemke
Com o plenário lotado durante todo dia de ontem, quarta-feira, 27, na maioria por servidores municipais, a segunda etapa da audiência de instrução do Tribunal de Justiça de Santa Catarina ouviu em Ibirama, as testemunhas de acusação e as testemunhas de defesa dos réus Adriano Poffo e Fábio Fusinato, presos desde o mês de abril na quarta fase da operação mensageiro.
Já as audiências mais esperadas do dia, a de Adriano Poffo e do ex-secretário Fábio Fusinato, não puderam ser acompanhadas pelo público e pela imprensa. Conforme informações, a desembargadora Cínthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaeffer, acatou o pedido da defesa para que os depoimentos ocorressem sem a plateia.
Dentro da ética jornalística, com o compromisso de registrar os fatos, o Jornal Vale do Norte seguiu as recomendações do Ministério Público em não expor os réus e em respeitar o andamento da audiência. A reportagem flagrou a chegada de Poffo em um veículo do sistema prisional, por volta das 8h30.
Em nota envida para a imprensa, a defesa de Adriano Poffo, afirma que “tornou-se ainda mais evidente a inocência”, e que “conforme já esperado, todos os colaboradores reforçaram que nunca houve qualquer tipo de negociação espúria com o prefeito”. A nota é assinada pelos advogados Bernardo Fenelon, Raíssa Frida Isac e Yasmin Brehmer Handar.
Fábio Fusinato e Adriano Poffo (MDB) são acusados pelo Ministério Público de terem recebido dinheiro em envelopes pardos de funcionários da empresa Serrana Engenharia, de forma mensal, para favorecer supostos interesses privados da companhia. O Ministério Público chegou a acusar os réus de terem recebido envelopes com dinheiro até mesmo em um posto de gasolina às margens da BR-101, em Joinville.
A redação enviou questionamentos para a defesa de Adriano Poffo, e aguarda retorno. A cobertura completa estará no Jornal Vale Norte deste fim de semana.
Confira a nota:
NOTA PARA A IMPRENSA
Diante do encerramento da instrução processual, tornou-se ainda mais evidente a inocência do Prefeito Adriano Poffo.
Conforme já esperado, todos os colaboradores reforçaram que nunca houve qualquer tipo de negociação espúria com o Prefeito. Este cenário apenas demonstra o que temos afirmado desde o início: as acusações baseiam-se em meras suposições e estão desacompanhadas de provas concretas.
Versões distorcidas dos fatos, tentativas confusas de imputação de responsabilidade e confissões desesperadas dos agentes públicos realmente culpados já eram esperadas e serão rebatidas com veemência.
Esta Defesa Técnica permanece, mais do que nunca, confiante e otimista de que a justiça, em breve, será restabelecida.
Estamos seguros de que a integridade e o comprometimento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, sob a condução da Desembargadora Relatora Cythia Schaeffaer, demonstrados durante todo o processo, conduzirão a uma resolução imparcial e justa.