Serviço de radioterapia no Centro Oncológico do Hospital Regional Alto Vale é uma das demandas regionais
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Crédito : Josiani dos Santos/ assessoria de imprensa HRAV
Marcelo Zemke
O vereador Adolfo Fiedler (MDB) destacou durante a sessão de segunda-feira, dia 10, os atendimentos de pacientes na oncologia do Hospital Regional Alto Vale (HRAV). Antes dele, a população do Alto Vale, que necessitava de tratamento, precisava se deslocar a Lages, Blumenau e Florianópolis. “O ambulatório de oncologia do HRAV está atendo a população da região há cinco anos e dois meses. Neste período, este ambulatório atendeu mais de 20 mil pessoas”, destacou. Ele defendeu a implantação do serviço de radioterapia no Centro Oncológico do Hospital Regional Alto Vale.
Conforme o vereador, Ibirama figura o segundo lugar em atendimento de pacientes com diagnóstico de câncer na oncologia do Hospital Regional Alto Vale em Rio do Sul, ficando atrás apenas do município de Rio do Sul.
De acordo com números apresentados por Fiedler, o município de Ibirama soma 1.750 pacientes atendidos, sendo o segundo município do Alto Vale com mais pacientes diagnosticados com câncer atendidos na unidade. “Isso representa 8,5% desta demanda. Só estamos atrás de Rio do Sul, que possui uma população consideravelmente superior”, disse.
Para o vereador, o número de atendimentos e diagnósticos demonstra que a atenção básica em saúde nos municípios está sendo cumprida. “Aqui se diagnostica pacientes com câncer se encaminha ele para tratamento”. Ele também destacou as sessões de hemodiálise, com Ibirama tendo 17 pacientes realizando as sessões no HRAV em Rio do Sul. “Em comparação com Presidente Getúlio, que há mesma população, há nove pacientes. Isso mostra que por aqui se diagnostica mais e se encaminha o paciente para as mais diversas especialidades. Isso é um dado positivo para a nossa Saúde”.
Radioterapia

O vereador defendeu a implantação do serviço de radioterapia do Alto Vale. O tema já foi pautado em diversas reuniões da Ucavi (União das Câmaras de Vereadores). Atualmente, a maioria dos pacientes precisam ser deslocados para cidades polo que forneçam esse tratamento. “Essa pauta precisa se tratada com muita atenção pelos gestores de saúde do Estado e do governo Federal” , disse.
Quando se precisa de radioterapia, os pacientes precisavam sair de madrugada, enfrentando o perigo das rodovias com as BRs 470 e 282, sem horário certo para retornar, pois dependem das pessoas que vão no mesmo veículo de transporte de pacientes. “Os pacientes têm que se deslocar à Blumenau ou Lages. Se vai na radioterapia, por 10 minutos, e depois se passa até 4 horas na BR-470. Precisamos deste serviço de radioterapia também aqui no Alto Vale”, disse Fiedler.
Ainda na sessão, o vereador Valdemar Schaefer (MDB ) destacou que a Ucavi pleiteia junto ao governo a aquisição e instalação da radioterapia. “É uma luta de três anos e espero que no ano que vem, tenhamos uma vitória com a aquisição deste equipamento para o HRAV”, acrescentou Schaefar.
Um estudo levado por gestores do Alto Vale constatou que a implantação custaria o valor do que é gasto em um ano com o deslocamento das pessoas para tratamento em Blumenau ou em outras cidades.
A radioterapia é um tratamento feito com radiação ionizante e que em alguns casos tem efeito curativo. Uma das principais funções é destruir ou impedir que as células de um tumor aumentem. As sessões também proporcionam qualidade de vida e alívio dos sintomas e dores.
“A tecnologia na área da radioterapia tem avançado rapidamente, resultando em técnicas mais precisas e eficazes. Equipamentos modernos, como aceleradores lineares com sistemas de imagem avançados, permitem a administração de altas doses de radiação, minimizando os danos aos tecidos saudáveis circundantes. Esses avanços ajudam a melhorar os resultados do tratamento, reduzindo os efeitos colaterais e melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, explica Arno Lotar Cordova Júnior, médico radio-oncologista e presidente da diretoria da Liga Catarinense de Combate ao Câncer.
Em comparação a outros tratamentos, como cirurgia ou tratamentos medicamentosos, pode ser relativamente mais acessível e econômica. Ela não requer internação prolongada e pode ser administrada de forma ambulatorial na grande maioria dos casos, reduzindo os custos da saúde. A especialidade, além da alta capacidade de curar o câncer, tem um cunho social de extrema importância.