Por Marcelo Zemke – Jornal Vale do Norte
Excesso de velocidade é um dos principais fatores para a ocorrência dos tombamentos e colisões.
Os frequentes acidentes no KM-111 da BR-470 em Ibirama, conhecida como Curva da Morte, tem uma explicação: o excesso de velocidade. No local, são registrados acidentes frequentemente e de acordo com levantamento, de janeiro até o dia 15 de março, já foram registrados 12 acidentes na curva, sendo cinco de veículos de cargas, com saldo de 15 feridos.
Em todo o ano passado, foram 39 acidentes- sendo 17 envolvendo caminhões, deixando 44 feridos e um óbito. Os números são da Polícia Rodoviária Federal.
Conforme o Policial Rodoviário, Manoel Fernandes Bitencourt, que atua há 28 anos na corporação, o número de acidentes sempre aumenta no local, após serem realizadas melhorias nas pistas. “Sempre que a pista está ruim neste ponto, deixam de ocorrer os tombamentos de caminhões e outros acidentes. Isso que observo em 28 anos de atuação na PRF de Rio do Sul. Sempre que a pista está boa, como é o caso agora, que houve uma recuperação nos últimos anos, voltam a ocorrer os tombamentos de caminhões”, constata.
O excesso de velocidade é um dos principais fatores para a ocorrência dos tombamentos e colisões. “Com o excesso de velocidade, acabam não conseguindo fazer a curva, invadem a contramão ou tombam”, diz.
Ele avalia que uma melhor sinalização no local poderia trazer mais segurança. “Acreditamos que uma sinalização um pouco mais ostensiva do tipo já feita pelo Dnit em outros locais, com a contagem regressiva”, avalia.
A sinalização não convencional de advertência é a sucessão de placas com contagem regressiva. O uso delas pode ocorrer em trechos de declive em serras e objetiva chamar a atenção dos motoristas (em especial aos condutores de veículos pesados) para os trechos mais propensos a sinistros graves, como: colisão frontal, deslizamento, tombamento e capotamento. “Outra alternativa seria colocar radares fixos, pois forcariam uma redução de velocidade na curva”, completa Bittencourt.
Curva da Morte
Segundo o PRF, apesar do apelido de Curva da Morte, o índice de acidentes com vítimas fatais no local é baixo. “Temos pontos na rodovia com muito mais mortes que ali, como na Serra São Miguel. O apelido não é condizente”, informa.
De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa do Dnit, estão previstas intervenção no local, com reforço na sinalização e barreiras de proteção. O setor não precisou detalhes da intervenção.
O local também é um dos três pontos críticos apontados em um levantamento do JVN para a ocorrência de saques de carga na BR-470. Na reportagem publicada em outubro do ano passado, são apontadas ainda a região das Serra São Miguel em Ibirama, e na região da Serra da Santa em Pouso Redondo, onde também são frequentes os acidentes.
Acidentes
Na terça-feira, dia 15, dois acidentes no KM 111 mobilizaram as equipes dos Bombeiros Voluntários de Ibirama. Eles ocorreram em um intervalo que 30 minutos.
O segundo, que evolveu duas carretas, interditou a rodovia por quase duas horas. Um dos motoristas ficou preso às ferragens.
No Alto Vale, a BR- 470 concentra alguns pontos com grande número de acidentes, especialmente na região de Ibirama, nos pontos conhecidos como a Curva da Garapeira no Km 121, Curva da Morte no KM 111 e Curva da Pré-fabricar no KM 122,6.