Gol do atacante brasileiro garantiu empate do Kawasaki Frontale fora de casa contra o Gamba Osaka na J.League; goleiro Kei Ishikawa ficou desolado.
O Gamba Osaka esteve muito perto de comemorar sua segunda vitória em três jogos neste início de J.League. Vencia o atual bicampeão Kawasaki Frontale (com direito a um golaço por cobertura de Kosuke Onose) até o último minuto dos acréscimos do segundo tempo, quando o goleiro Kei Ishikawa foi fazer a reposição de bola, mas não percebeu que tinha um jogador adversário atrás dele. Furtivo como um ninja, Kobayashi roubou a bola e serviu Leandro Damião, que decretou o empate em 2×2 e deixa o Golfinho na vice-liderança com 10 pontos em cinco jogos (os times que disputarão a ACL já fizeram duas partidas adiantadas para abrir espaço no calendário).
Desolado com a falha, Ishikawa permaneceu no chão, caído, imóvel. O primeiro a ir até ele foi Leandro Damião, que o ajudou a se levantar e o consolou. Aos 29 anos, Ishikawa foi reserva em praticamente toda a carreira (tirando 2014, quando estava emprestado ao Blaublitz Akira na J3) e até este ano só tinha dois jogos de J1 no currículo (em 2016 pelo Vegalta Sendai), mas agora era titular pelo terceiro jogo consecutivo, algo inédito para ele, que vinha substituindo bem o lesionado Higashiguchi (ex-seleção e um dos principais nomes do elenco) e teve boas atuações nas duas primeiras rodadas. O técnico Tomohiro Katanosaka mostrou apoio ao seu goleiro. “O que eu passei para ele é que ele pode usar essa experiência para se recuperar. O importante é se levantar e inspirar o Gamba”, declarou. “Ninguém vai culpar o Ishikawa. Vamos seguir em frente.”
“Eu vi que o goleiro estava triste e ninguém foi nele”, disse Damião. “É muito difícil. O cara errar assim não é fácil não. Temos que ter mais empatia pelo próximo. Sentir a dor que ele está sentindo também. Tentar diminuir isso, porque hoje foi ele, amanhã pode ser eu ou qualquer outro jogador. Hoje no mundo está tendo muita coisa negativa, além da guerra, violência nos estádios. Temos que passar uma coisa boa para nossos filhos, crianças que estão assistindo aos jogos. É difícil você querer levar seus filhos para esses lugares, sendo que está tendo muita coisa ruim. Ali foi um gesto de levantar o goleiro, mostrar empatia. Vida que segue e continuar”, completou o atacante.
Por Globo Esporte