Voluntários buscam apoio para abrigar animais

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Aspadi, tem como objetivo acolher e salvar animais que estejam em situação risco, sofrendo maus-tratos ou abandonados

Jor. Marcelo Zemke/JVN

O acolhimento e a proteção de animais abandonados têm se tornado cada vez mais necessário em áreas urbanas. Percebe-se que o abandono animal se ampliou intensamente nos últimos anos. São cães e gatos, adultos e filhotes, saudáveis ou doentes que são abandonados à própria sorte nas ruas por seus donos ou que passam por maus tratos, acorrentados nos fundos de residências, em condições precárias e com pouco disponibilidade de água ou comida. A situação é realmente de cortar o coração, porém nem tudo são más notícias.

Em Ibirama, existem pessoas que dedicam o seu tempo ao resgate, cuidado e encaminhamento para a adoção destes animais. São pessoas empenhadas em mudar esse cenário, realizando além do resgate e cuidado com os animais de rua, a conscientização das pessoas sobre a responsabilidade de ter em sua família um pet e da importância da discussão sobre abandono animal.

Para acolher estes animais e assegurar seus direitos, a Associação de Proteção Animal de Ibirama (Aspadi) realiza este trabalho de forma voluntária. Sem fins lucrativos, a associação é mantida com trabalho voluntário, doações, eventos beneficentes e muita dedicação.

A coordenadora da Aspadi, Flávia de Souza Koslosky Marowsky, conta que a associação surgiu devido à necessidade emergente que Ibirama tem de auxiliar os animais que estão abandonados ou sofrendo maus-tratos.

Ela conta que desde o início da pandemia e também após a enxurrada de dezembro, houve um aumento significativo de animais abandonados no município. “Com esse aumento, ficou perceptível a necessidade deste trabalho em nossa cidadã. O grupo de voluntários é formado por pessoas que já trabalhavam com a causa animal de alguma forma”, conta.

Animais para a adoção

A Aspadi conta com o apoio de com 37 pessoas, e uma delas é Grazi Garcia, que abriu sua casa para abrigar animais disponibilizados para a adoção. Ela divide o quintal com dois cães da família e outros três, encaminhados pela associação. Todos com seu espaço próprio, com disponibilidade de água e ração. Atualmente a associação disponibiliza lares temporários para os animais regatados e que aguardam a adoção. “São pessoas da comunidade que disponibilizam estes espaços em suas casas até que estes animais estejam reabilitados para a adoção”, conta.

A Aspadi recebe diariamente inúmeros pedidos de ajuda e de regaste de cães e gatos abandoados, mas o trabalho é prejudicado devido a limitações. Alguns não são recolhidos pois não haveria qualidade de atendimento a um número de animais. “Não possuímos um abrigo seguro para todos estes animais.  A princípio cuidamos dos que conseguimos. Para os que estão em situação de rua, oferecemos o suporte, como ajuda veterinária e ração por exemplo, que são de doações. Também temos o foco de castração de animais abandonados e de famílias carentes”, esclarece Flávia.

Campanhas para ajudar animais e costumam ser feitas nas redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp. “A comunidade e algumas empresas têm ajudado com ração e recursos financeiros. Nossa associação foi abraçada pela comunidade de Ibirama. Gostaríamos de continuar desempenhando este trabalho de ajuda aos animais”, concluiu.

Foto Marcelo Zemke

Busca de lares temporários

O presidente da associação, Cristian Ramos Coelho, destaca a necessidade de lares temporários para abrigar os animais. “Esta é a nossa maior necessidade neste momento. Também estamos em processo de formalização da associação, mas devido à burocracia, acabada demorando um pouco. Provavelmente em um mês já teremos CNPJ e conta corrente para quem quiser enviar as doações diretamente para a Aspadi”.

Os recursos são empregados na compra de rações para cães e gatos, remédios, cobertores, shampoos, coleiras bacias e cobertores.

Até momento, a Aspadi já realizou o resgate de mais de 30 animais. “Tínhamos um carrinho que recolhemos no Distrito de Dalbégia. Ele estava magro e debilitado. Ele foi medicado, tratado e hoje está com uma família de rodeiro, bem diferente de quando o encontramos”, concluiu o presidente.