Cinco das 16 regiões de saúde de Santa Catarina tiveram melhora e reduziram o nível de risco do coronavírus de grave para alto, informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta sexta-feira (2).
Agora, a Foz do rio Itajaí, a região do Médio Vale do Itajaí, o Oeste, a região de Xanxerê e a Serra estão em nível alto.
O Extremo-Oeste do estado, que era a única região em risco alto, piorou para nível grave, ficando na mesma classificação de outras 10 regiões que continuam neste nível desde a semana passada. Não há nenhuma localidade em risco gravíssimo. O risco alto é o segundo menos grave conforme a escala, dividida em níveis moderado, alto, grave ou gravíssimo.
Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, o secretário de Saúde, André Motta Ribeiro,falou que este é o melhor momento vivido no estado desde o aumento crescente de casos, mas que é necessário continuar com todos os cuidados contra a propagação do vírus – veja a entrevista completa no vídeo acima.
“Que é o melhor momento, não há duvida, mas precisamos estar atentos porque já tivemos a circulação inicial do vírus, já contaminou um percentual importante da população, mas precisamos estar atentos cada vez mais”, disse André Motta.
Ele reforça que os cuidados como distanciamento social e cumprimento às regras estabelecidas pelas autoridades sanitárias devem ser seguidas para evitar uma segunda onda de Covid-19.
“Se não houver agora envolvimento de todos, do poder público municipal, estadual, o setor privado e a população, teremos sim surtos. Se não atuarmos de forma adequada, corremos o risco de ter segundo onda num momento ruim”, disse Motta Ribeiro.
O secretário reforçou que para manter a situação do estado sem piora dos números de casos e mortes do coronavírus é necessário reforço da fiscalização, especialmente com a proximidade do verão.
“E o verão chegando, é época de mais difícil controle […]Não basta criar regras, é necessário fiscalizar”, disse André Motta. Para ele, a expectativa é que haja melhora, se as pessoas respeitarem o distanciamento social.
Pelo último boletim divulgado pelo governo catarinense na noite de quinta-feira (1º), o estado ultrapassou 2,8 mil mortes por coronavírus e tem 216,6 mil casos confirmados.
Na semana passada, o estado deixou de ter região gravíssima para a Covid-19 pela primeira em três meses. Santa Catarina chegou a ter duas vezes 12 das 16 regiões em situação gravíssima.
Mudanças no padrão do mapa de risco
O acompanhamento realizado para atualizar o mapa de risco do estado foi alterado e este é o primeiro panorama divulgado desde que a Secretaria de Saúde anunciou na semana passada o ajuste da avaliação. Segundo o Estado, esse aperfeiçoamento da matriz de risco é para evitar possíveis surtos.
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Centro de Florianópolis em setembro de 2020 — Foto: Diorgenes Pandini/NSC
O governo deve priorizar o diagnóstico rápido e rastreamento, além os índices de transmissibilidade, monitoramento, dimensões, mortalidade e capacidade devem ser analisados de forma mais minuciosa. Com isso, deve haver mais foco na atenção primária e diagnóstico precoce.
“Estamos em outro momento de enfrentamento da pandemia e por conta disso precisamos qualificar outras ações. Essa nova matriz se torna mais sensível tanto para pior quanto para pior”, disse o secretário de saúde.
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SC tem cinco regiões em risco alto para coronavírus e 11 em situação grave — Foto: SES/Divulgação
Recomendações são sugeridas aos gestores locais, pelo governo estadual, a partir da classificação de cada região no mapa de risco.
Antes, a atualização feita semanalmente era calculada a partir da combinação de quatro fatores: isolamento social, investigação, testagem e isolamento de casos, reorganização de fluxos assistenciais e ampliação de leitos.
A alteração segue sugestões de pesquisadores de Santa Catarina para que a classificação considere e avalie melhor os riscos de contágio da doença, e não somente a ocupação em leitos de unidades de terapia intensiva.
Fonte: G1 SC